domingo, 24 de outubro de 2010

Revista Crescer - Parte 4

Por Bruna Menegueço, Cíntia Marcucci e Fernanda Carpegiani

Bicho não é brinquedo!
Seu filho, como quase todas as crianças, pediu um animal de estimação. Antes de dizer sim, informe-se sobre as espécies e lembre-se que você será responsável por ele
Aquela cara que seu filho faz toda vez que vê um cachorro está cortando o seu coração ou mesmo acabando com a sua paciência. Quase todo pai e mãe passa por essa situação, mas ela não pode ser resolvida de uma hora para outra. Cuidar de um animal é uma decisão que envolve muita responsabilidade. Veja se é o momento certo para sua família acolher um novo integrante, porque, apesar de o pedido vir da criança, serão os pais os responsáveis pelo bem-estar do pet até o fim da vida. E isso não é pouco tempo: os cães vivem, em média, 12 anos, e os gatos, 18. A infância vai passar e o interesse pelo pet pode diminuir.
E é como ter filho mesmo, não vale se arrepender depois. Uma das piores atitudes que alguém pode ter com um bicho é abandoná-lo e, infelizmente, isso não é raro nas grandes cidades. O Centro de Zoonoses de São Paulo recebe cerca de 30 pedidos de retirada de cães das ruas todos os dias.
A primeira condição para ter um animal é que todos da casa estejam de acordo e dispostos a cuidar do bicho. Converse com o seu filho e explique que se trata de um ser vivo e que precisa de atenção, carinho e cuidados com alimentação e saúde.
Depois, busque informações para escolher uma espécie e raça que se encaixe melhor no seu estilo de vida. Pode não ser o mais fofo ou aquele pelo qual seu filho se apaixonou. É preciso levar em conta seu tempo para cuidar dele, o espaço e a rotina da casa, além da idade e do comportamento de seus filhos. Outra dica é conhecer as opções para adoção. Além dos filhotes, dá para adotar animais adultos, dos quais já se sabe o tamanho e temperamento. Ah! E é preciso levar em conta também os gastos que terá com o bicho.
O que eu faço agora?
Há situações em que, por mais que você não queira, terá de tomar uma atitude que não é legal. Uma mudança de casa para um espaço menor ou para outro país (a Austrália, por exemplo, tem leis super-rígidas para a entrada de animais) pode lhe obrigar a se desfazer do bicho. Nesse caso, tente doar o pet para um familiar ou amigo que você possa visitar. Assim você diminui o sofrimento do seu filho e do bicho. Só se não tiver mesmo alternativa, procure uma ONG que possa abrigá-lo.
Outra situação difícil diz respeito aos filhotes do seu animal. Mesmo com a castração sendo indicada para todo bicho doméstico, muita gente quer que seu pet se reproduza. Ou isso acaba acontecendo, em especial com gatas fujonas. Dificilmente você vai ficar com os filhotes, então explique a seu filho desde o início que sua casa não pode abrigar todos os bichos.
A criança pode não entender tudo no começo, mas, se você der o exemplo, ela irá aprender devagar a cuidar do animal e a entender as situações. Aos poucos, o bicho vai passar a ser um novo membro da família e aquele amigo com que seu filho sempre irá contar.
Link: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI174168-10448-8,00-BICHOS+POR+QUE+TELOS.html

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